"Uma grande escola exigirá tempo. Tempo de encontro, de encanto, de canto, de poesia, de arte, de fazer, de discussão, de gratuidade, de ética e de estética, de bem estar e de bem querer e de beleza. Porque escola grande se faz com grandes cabeças (é certo!), mas também com grandes corações, com muitos braços, que se estendem em abraços que animam caminhadas para grandes horizontes." Redin

Aos pais












A DIREÇÃO INFORMA:


“Este é um estabelecimento de ensino público gratuito, e não é permitida a cobrança de taxa de matrícula, mensalidade, nem taxa pela emissão de documento escolar.”
Lei nº 12.781/1998



Resolução SEE nº 2.197/2012 - Art. 19
É vedado à escola pública estadual:
I- cobrar taxas, contribuições ou exigir pagamento a qualquer título;
II- exigir das famílias a compra de material escolar mediante lista estabelecida pela Escola;
III- impedir a frequência às aulas ao aluno que não estiver usando uniforme ou não dispuser do material escolar;
IV- vender uniformes.






Piolho não tem nada a ver com a falta de higiene dos cabelos
Se não tratado de forma adequada, o parasita pode ser reincidente e ficar não só na criança, mas em toda a família
por Wander Veroni

Basta alguns pontinhos brancos nos fios de cabelo e uma coceira fora do normal na cabeça para deixar todo mundo em alerta. Trata-se dos piolhos, pequenos insetos que se instalam no couro cabeludo e que se alimentam apenas de sangue. Frequente no período de calor e muito comum em crianças, o parasita também pode ser contraído por adultos e o seu aparecimento não tem nada a ver com a falta de higiene nos cabelos. É o que explica a pediatra Dra. Laís Maria Santos Valadares e Valadares, que é presidente do Comitê de Saúde Escolar da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP).
“Algumas pessoas associam o piolho com a falta de higiene nos cabelos – o que não procede e acaba gerando preconceito, pois o inseto até prefere se instalar em fios limpos e só passa de uma pessoa para outra. Ainda, o piolho pode passar para a família inteira caso não seja tratado corretamente. Na criança, o inseto prejudica o sono, atrapalha o desempenho escolar, causa irritabilidade e, nos casos mais graves, pode causar anemia e até isolamento por parte dos colegas”, explica a médica.
Ainda, para a Dra Laís Valadares é importante que os pais procurem um médico para o tratamento adequado. “É preciso tomar muito cuidado no que passar no couro cabeludo da criança para não gerar um problema dermatológico, por exemplo. A recomendação é consultar um médico antes de passar qualquer produto, pois o piolho é perseverante, reincidente e pode demorar algumas semanas para sair de vez”. A médica lembra também que a escola deve comunicar os pais sobre o aparecimento de piolho com um bilhete ou uma reunião com os responsáveis e, de maneira alguma, afastar a criança infectada do convívio social, nem descriminá-la.
Há algumas semanas, a auxiliar administrativo Mery Rose Alves da Silva, 37 anos, descobriu que a sua filha de seis anos estava com o piolho. Todo final de semana, ela hidrata o cabelo da menina e, numa dessas seções, notou as lêndeas no couro cabeludo. “Depois que descobri o piolho, muitos pais na escola da minha filha relataram o mesmo problema. A escola até mandou bilhete e fez reunião, mas não adianta nada se todos os pais não cooperarem”, desabafa.
Mesmo consciente de que não utilizou o método indicado de procurar um especialista para o tratamento, Mery diz que irá fazer isso em breve. “Usei um produto para a remoção do piolho por recomendação da minha ex-cunhada e do farmacêutico. Até passei uma prancha no cabelo dela para me certificar que as lêndeas não vão aparecer mais. Mesmo assim quero levar a minha menina no médico para fazer um exame mais detalhado e entender o porque o piolho é tão persistente”.




Como ajudar seu filho na hora da lição de casa?
Especialistas indicam como agir para contribuir com a aprendizagem de seu filho



Vale a pena valorizar a hora da lição e criar um ambiente motivador e favorável ao aprendizado

Sabe qual é a melhor maneira de descobrir se o seu filho está indo bem na escola? Acompanhando a lição de casa dele. Ao participar do dia a dia escolar de seu filho, você consegue perceber se ele está aprendendo o que deveria durante o decorrer do ano. Assim, se perceber que as dúvidas estão se acumulando, você pode procurar a ajuda da escola.

Outra vantagem de saber o que seu filho está estudando é aproveitar para mostrar como tudo aquilo que ele está vendo na escola têm relação com o cotidiano. Como uma reportagem no telejornal sobre a seca, por exemplo. Se seu filho está estudado sobre os efeitos da falta d´água na agricultura, é um bom momento para comentar e deixar que ele fale o que sabe sobre o assunto. "Quando isso acontece, o aprender passa ser algo gostoso, estimulante. E quando a criança descobre o prazer de aprender o interesse pela escola aumenta", afirma a psicóloga Danila Secolim Coser.

Por isso, vale a pena valorizar a hora da lição e criar um ambiente motivador e favorável ao aprendizado. Confira as dicas do que fazer antes, durante e depois da hora da lição compiladas de entrevistas com: Danila Secolim Coser, psicóloga; Heloisa Padilha, educadora e psicopedagoga; Fátima Regina Pires de Assis, professora de graduação e pós-graduação do curso de Psicologia da PUC-SP; Rose Mary Guimarães Rodrigues, docente do curso de Pedagogia da Unitri (Centro Universitário do Triângulo). Todas as entrevistadas possuem pesquisas ou trabalhos acadêmicos sobre Lição de Casa.

1. Entenda seu filho
Uma grande ajuda na hora da lição de casa é saber o que motiva e o que desanima seu filho. Por exemplo, será que ele gosta que você fique por perto ou prefere privacidade? Será que você precisa que você ajude-o a organizar por qual matéria começar ou ele quer decidir isso sozinho?

2.Defina as regras em comum acordo
Converse com seu filho e estabeleçam - juntos - como será a rotina para a lição. Onde será feita, em qual horário, etc. Deixe que ele explique suas preferências e seja flexível. Por exemplo: ele não quer perder o programa de TV favorito. Ajustem o horário de modo que ele tenha este direito garantido. Direito que ele perde se não terminar a tarefa a tempo (caso o combinado seja fazer antes) ou se não desligar a TV logo depois (para ir logo se dedicar à lição).
Lembre-se: o ideal é não alterar a rotina, mas, se for o caso, explique o motivo da mudança.

3. Organize o lugar
Escolham - juntos - o local onde a lição será feita. Mas garanta que ele esteja arrumado e limpo na hora combinada. Se for a mesa da cozinha, por exemplo, nada de alimentos ou pratos na hora da lição, hein?
Lembre-se: o bem-estar é superimportante. Verifique a temperatura do ambiente, a iluminação, a ventilação. Quanto mais confortável ele estiver, melhor!

4. Acabe com a distração
Desligue a televisão e o rádio e tente eliminar - ou diminuir -outros sons que atrapalhem a concentração. Ajude seu filho a se concentrar na tarefa!

5. Fique de olho na disposição dele
Na hora da lição, seu filho precisa estar bem disposto. Ou seja: não pode estar cansado, com fome, irritado, distraído... O melhor neste caso é resolver o problema primeiro. E isso vale para você também! Resolva essas questões antes de começar!

6. Confira se todo o material necessário está disponível
Parar a lição para procurar onde está o lápis de cor, a régua ou o dicionário só ajuda a tirar o foco da tarefa. Organize tudo antes de começar para não haver dispersão!

7. Respeite o momento
Todos em casa devem saber que a lição está sendo feita e contribuir, evitando interrupções, barulhos desnecessários ou ações que tirem a concentração e o foco de quem está estudando.

8. Veja se seu filho sabe o que é para ser feito
Pergunte se ele tem dúvidas sobre o que o professor pediu para fazer e coloque-se à disposição para ajudá-lo.

9. Auxilie em caso de dúvidas
Se seu filho tiver uma dúvida, ajude-o. Mas não responda por ele. Sugira que ele procure exemplos parecidos no livro ou no caderno, ou então, ajude-o a pensar sobre o assunto até que ele chegue à sua própria conclusão.

10. Ocupe-se com coisas parecidas
Enquanto ele faz contas, que tal dar uma olhada no orçamento? Se ele vai produzir um texto, aproveite para fazer alguma anotação. O ideal é não parecer que se está fazendo algo mais interessante do que ele - como jogar no computador, por exemplo, ou ver TV.

11. Incentive-o a rever a lição
Olhar a lição de novo depois de terminada é uma boa prática. Se ele pedir para você rever com ele, valorize o esforço e não aponte diretamente os erros. Caso encontre coisas incorretas e perceba que ele tem condição de localizar o erro, estimule-o comentando. "Que tal rever este trecho ou esta conta, veja se está tudo certo ou se encontra algo errado?". Elogie-a se ele encontrar o problema e jamais brigue se isso não ocorrer.

12. Veja se a lição foi corrigida
Será que a lição de casa foi corrigida? A falta de correção da lição pode desestimular seu filho. Afinal, ele pode entender que de nada valeu tanto esforço. Caso isso se repita sempre, é interessante conversar na escola - com o professor ou com o coordenador.

13. Elogie os acertos e não aponte os erros
Seu filho acertou todos os exercícios da lição passada? Ele merece que você lhe dê parabéns! Mas se errou muitos, nada de briga. Pergunte se, com a correção do professor ele entendeu porque errou. Se a resposta for negativa, estimule-o a tirar dúvidas diretamente com o professor. E acompanhe.

14. Informe o professor em caso de dificuldade
Seu filho deveria ter condição total de fazer a lição de casa sem achá-la muito difícil ou complicada. Afinal, se a lição foi passada, é porque o professor já explicou aquele conteúdo. Às vezes pode ser apenas uma dificuldade pontual e neste caso, estimule seu filho a tirar dúvidas com o professor. Caso isto se torne frequente, o melhor é ir até a escola para identificar onde está o problema.







CRIANÇA NOTA DEZ - Dicas para incentivar seu filho na escola
Robert D. Ramsey (PUBLIFOLHA)
(serão postadas gradativamente)

1. O bom desempenho escolar é aprendido. Você começa por acreditar que todos podem aprender a estudar melhor, a reter mais informações, a maximizar seus pontos fortes e a aceitar que são bem sucedidos.

2. Muitas vezes, a ajuda para seu filho ter um bom desempenho na escola é uma questão de "mais" ou "menos":
  • mais escuta, menos repreensão;
  • mais questionamentos, menos queixas inúteis;
  • mais elogios, menos detalhamentos;
  • mais busca de sugestões, menos oferecimento de conselhos.
3. O bom desempenho escolar é uma decisão. Você e seu filho têm de tomá-la em conjunto.

4. Ame seus filhos profundamente para permitir que eles sejam melhores.

5. Atualmente, as crianças precisam daquilo de que os alunos sempre precisaram para se dar bem na escola: estrutura, disciplina, desafios, respeito, reconhecimento, oportunidades, escolhas, segundas oportunidades, compreensão e muito amor. Achar um jeito de materializar tudo isso é papel dos pais.

6. Não espere 10 em tudo. Expectativas rígidas e irreais fazem a criança imaginar que, para conseguir o amor dos pais, tem de alcançar padrões inatingíveis. Sua tarefa é mostrar a seus filhos que eles têm de ser eles mesmos. Assim, conseguirão aprender o que precisam.

7. Seja realista quanto aos que ocorre na escola. Prepare-se para os problemas. Prepare-se para as soluções. Você não será pego de surpresa.

8. Se você não consegue fazer uma boa venda ou ocorre algo frustrante no trabalho, isso não o transforma numa pessoa ruim. Se o seu filho vai mal na escola, aplica-se a mesma regra. Espere um bom desempenho, mas aceite as limitações humanas e a má sorte.

9. Sempre encare um grande esforço como bom desempenho.

10. O bom desempenho escolar é um assunto para a família toda. Nenhum aluno o consegue sozinho. Procure fazer todo mundo ajudar.



Clique para ampliar:

 











 



REUNIÃO DE PAIS E MESTRES

2º bimestre

Dia 08/08 às 19 horas - Turno de manhã
Dia 10/08 às 19 horas - Turno da tarde

Confira as fotos das apresentações dos alunos em homenagem ao Dia dos Pais
na página Fotos 2011.



Sugestão para pesquisa e leitura dos pais: http://www.comoeducarosfilhos.com.br/





Os 10 mandamentos do Dever de Casa
(clique para ampliar)



MAU COMPORTAMENTO E AGRESSIVIDADE NA INFÂNCIA


Susan Meire Mondoni *
Muitas crianças agressivas ou com mau comportamento apresentam, na verdade, um sofrimento psíquico. Ao contrário do que se pensava, os transtornos mentais podem iniciar-se já na fase infantil, sendo então bastante devastadores na vida do indivíduo.

A alteração comportamental é uma das maneiras mais comuns de a criança manifestar: tristeza, medo, ansiedade, inveja, baixa auto-estima, ou sofrimentos psíquicos de outra natureza.

É incomum que a criança consiga verbalizar seu sofrimento. Ela ainda não possui linguagem e pensamento amadurecidos para isso. Isto acontece porque a criança encontrase ainda em DESENVOLVIMENTO e, a imaturidade dos seus sistemas nervoso e emocional faz com que ela tenha muito mais manifestações corporais do que verbais.

As crianças podem tornar-se agressivas, terem queda de seu rendimento escolar ou mesmo mudarem sua "personalidade" em decorrência de um estresse emocional ou até mesmo um transtorno psiquiátrico mais sério.

O mau-comportamento deve servir de alerta aos pais, para procurarem ajuda para seus filhos. O diagnóstico e tratamento precoces podem evitar isto!

Costumamos graduar o mau-comportamento de crianças e adolescentes segundo a seguinte escala:

1. desobediência;
2. mentira;
3. roubo;
4. cabular aula;
5. fuga;
6. destruição;
7. incendiarismo;
8. abuso de drogas;
9. crueldade;
10. violência.

Esta escala descreve uma evolução do mau-comportamento em termos de gravidade e de evolução ao longo da vida, ou seja: crianças pequenas que começam a apresentar desobediência, poderão usar drogas e cometer atos violentos na adolescência.

1 - Desobediência - desobedecer significa contrariar a autoridade do outro, quer sejam os pais, professor, etc. Ela pode se manifestar de diversas maneiras:

- passividade: a criança ouve, fica quieta e faz o que quer;
- enfrentamento pela negativa: "não quero"; "não vou";
- negativismo, ou seja, agir pelo não: faz exatamente o contrário do que lhe foi solicitado.

Muitas crianças pequenas desobedientes apresentam, na verdade, o que chamamos Transtorno Opositor Desafiante: é um padrão constante e repetitivo de enfrentamento e desobediência, que acaba por interferir no desenvolvimento da personalidade da criança, tornando-a susceptível a desenvolver comportamentos mais sérios na adolescência/ vida adulta, como uso de drogas ou delinqüência.

2 - Mentira - é uma atitude voluntária de falsificar a verdade. Começa a aparecer em geral, após os 3 anos de idade. Antes disso, o que temos são fantasias e não mentiras propriamente ditas.

Existem 3 principais motivos que levam uma criança a mentir:

- quando teme alguma coisa (apanhar, por exemplo): quando as crianças não têm muita liberdade para expressarem seus sentimentos ou ações (um ambiente muito repressor e/ou violento), acabam aprendendo a mentir como forma de receberem menos punições;

- quando quer alguma coisa: ambientes que nunca gratificam a criança podem fazer com que ela passe a mentir ou até simular doenças, para conseguir o que quer;

- quando quer mostrar que conhece a falsidade: pessoas que cuidam de crianças (pais, cuidadores, professores, etc) e que possuem o hábito de mentir, inventar histórias, prometer coisas que depois não cumprirão, podem fazer com que as crianças passem a apresentar este mesmo tipo de comportamento, como espécie de imitação.

3 - Roubo - a partir dos 2 anos, a criança passa a ter noção do "meu" e do "teu"; dos 3 para 4 anos, ela passa de fato a ter noção de propriedade e, portanto, todo roubo que ela passar a realizar a partir daí, será consciente e acompanhado da noção de culpa.

Devemos avaliar o que a criança rouba: é menos grave roubar um objeto bonito e que lhe chame muito a atenção do que roubar um objeto do cotidiano, que não tenha nenhum atrativo visual. Assim, não devemos medir a gravidade do ato de roubar de uma criança pelo valor do objeto mas sim, pela compreensividade de aquele objeto ter despertado o interesse e a curiosidade daquela criança. Assim, roubar um lápis pode ser mais grave do que roubar um enfeite qualquer de cristal.

4 - Cabular aulas - mais comum em crianças maiores, a partir do 6º. ano (antiga 5ª. série) do ensino fundamental. Esta "transgressão" pode estar associada a uma série de fatores: impaciência em permanecer na sala de aula; não acompanhamento do conteúdo escolar; seguir o grupo; sentimentos de inadequação com relação aos outros colegas de classe, entre outros.

O ato de cabular aula, isoladamente, pode não ser nada de mais. Faz parte do desenvolvimento normal, principalmente na fase da adolescência, apresentar este tipo de comportamento. Cabe aos pais e à escola investigar as possíveis causas do comportamento e impedir novos episódios.

Muitas vezes, entretanto, esta é a exteriorização de algum sofrimento psíquicoemocional pelo qual a criança ou o adolescente estejam passando. A ajuda de profissionais especializados nestes problemas e nesta faixa etária, poderá minimizar possíveis conseqüências desastrosas para o futuro.

5 - Fuga - uma criança de 2 ou 3 anos pode já apresentar "escapadas" de casa: sair para ir à algum lugar. Há uma finalidade consciente, mas não há ainda uma consciência plena de "transgressão".

Na fuga propriamente dita, além de haver maior clareza, por parte da criança, sobre seu "ato transgressor", não há uma finalidade no comportamento em si. Neste sentido, ele é muito mais preocupante e pode indicar presença de doenças psíquicas ou emocionais na criança.

6 - Destruição - geralmente indica uma descarga de agressividade. A maneira como o adulto lida com isso será fundamental para a evolução deste comportamento, que poderá ser benigna, com sua extinção ou maligna, com evolução para comportamentos delinqüênciais.

Algumas doenças neurológicas ou psiquiátricas podem estar envolvidas e, crianças que apresentam episódios de destruição muito intensos ou muito freqüentes deverão ser vistas por um especialista.

7 - Incendiarismo - é a destruição pelo fogo. Pode iniciar-se numa criança, apenas como forma de ela "medir" o seu poder. Mas pode evoluir de uma maneira bastante negativa, como forma de ato vingativo, tornando-se assim um ato delinqüencial. Neste caso, estará sempre ligado a aspectos de afetividade intensa (ódio, inveja, etc) e poucos recursos para conter estes afetos.

8 - Abuso de drogas - as drogas alteram nosso estado de consciência e, em geral, trazem sensações físicas agradáveis, razão pela qual seus usuários buscam repetir seus efeitos, tornando-se assim dependentes.

Em nosso meio, é cada vez mais precoce a experimentação de substâncias ilícitas. No adolescente a experimentação, por si só, não constitui um comportamento patológico; ela está incluída numa atitude global de busca por novas experiências que lhe façam sentido, na construção de uma identidade. Entretanto, alguns fatores de risco estão associados à manutenção deste uso:

- A curiosidade natural do adolescente é um dos fatores de risco mais importantes, posto ser o que o moverá para experimentar a substância, estando assim sob risco de desenvolver dependência;
- O fácil acesso às drogas e as oportunidades de uso;
- Ser do sexo masculino (meninos experimentam mais do que as meninas);
- Influência de modismos;
- Condições familiares, tanto pelo aspecto genético (filhos de pais dependentes apresentam 4 vezes mais chance de o serem também) quanto pelos aspectos ambientais, fortemente relacionados ao início do uso;
- Uso de drogas por pais e/ ou amigos;
- Relacionamento ruim com os pais;
- Fatores internos do adolescente, como insatisfação e não-realização em suas atividades, insegurança, baixa auto-estima e sintomas depressivos;
- Baixo desempenho escolar.

O uso de drogas afeta diretamente o desenvolvimento da criança e do adolescente, principalmente com relação às funções cognitivas (capacidade de raciocinar, aprendizagem, etc), capacidade de julgamento, humor e os relacionamentos interpessoais. Quanto mais precoce o início do uso, maiores serão as deficiências nestas áreas.

9 - Crueldade - aqui, o impulso destrutivo não é movido pela emoção violenta, mas sim pelo prazer que o indivíduo sente em ver o sofrimento alheio, quer seja de outra pessoa ou um animal. Quanto menor a idade da criança, mais grave serão as conseqüências deste tipo de atitude em seu desenvolvimento.

10 - Violência e conduta anti-social - crianças e adolescentes com comportamentos violentos e "anti-sociais" recorrentes apresentam o que chamamos "Transtorno de Conduta". Dentre suas características, destacam-se:

- tendência permanente para apresentar comportamentos que incomodam e perturbam;
- envolvimento em atividades perigosas e até mesmo ilegais;
- não apresentam sofrimento psíquico ou constrangimento com as próprias atitudes;
- não se importam em ferir os sentimentos das pessoas ou desrespeitar seus direitos;
- não possuem capacidade de aprender com as conseqüências negativas dos seu próprios atos.

O transtorno de conduta está geralmente associado ao baixo rendimento escolar e a problemas de relacionamento com colegas.

É importante lembrar que crianças vítimas de violência podem apresentar comportamentos anti-sociais como reação de estresse.

O tratamento para todos estes transtornos acima citados requer, muitas vezes, as abordagens psicoterápica, medicamentosa ou ambas. Sua duração é, em geral, bem menor que o tratamento do adulto e, quanto mais cedo for iniciado, menor a chance de evoluir para um transtorno crônico na vida adulta, com necessidade de tratamento para o resto da vida.

* Psiquiatra da Infância. Mestranda do Instituto de Psicologia da USP
Projeto Distúrbios do Desenvolvimento do Laboratório de Saúde Mental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP)
Site do PDD: http://disturbiosdodesenvolvimento.yolasite.com
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Artigo disponível em:





PARTICIPE DA EDUCAÇÃO DE SEU FILHO
Pesquisas mostram que, quando os pais acompanham a vida escolar das crianças, as notas aumentam em torno de 20%


1. CONVERSE COM O SEU FILHO

- Pergunte o que ele aprendeu de novo no colégio e mostre-se bastante interessado.

- Peça que ele lhe ensine algo que tenha aprendido na escola. Isso ajuda a fixar o conteúdo.

- Pergunte se ele tem dúvidas ou dificuldades em alguma matéria.

2. APONTE QUAIS AS OBRIGAÇÕES DELE

- Garanta que ele esteja na escola na hora certa, todos os dias. - Não deixe seu filho faltar às aulas sem necessidade. Isso atrapalha a rotina e dificulta a aprendizagem. - Faça perguntas para descobrir se ele presta atenção nas aulas. - Ensine-o a respeitar os professores, os funcionários e os colegas.

3. ACOMPANHE A LIÇÃO DE CASA

- Combine com seu filho um horário para os estudos. - Separe um lugar tranqüilo da casa para a lição. Desligue aparelhos que o desconcentrem - Olhe os cadernos e mostre interesse pelos trabalhos. - Estimule-o a pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.

4. FIQUE DE OLHO NO APRENDIZADO.

- Confira as notas e o boletim do seu filho. Se forem boas, elogie-o. Se forem ruins, pergunte ao professor como você pode ajudar... - Veja se seu filho está aprendendo o que deveria para a idade dele.

(Fonte: www.educarparacrescer.com.br)

E. E. PROFESSOR JOÃO MESTRE

Maio/2010